Sabe-se que prevalece o significado de “passagem” para a palavra “páscoa”. Diz-se que as primeiras comemorações da páscoa, no mundo antigo, estavam relacionadas à passagem do inverno para a primavera (no hemisfério norte). Para aqueles povos, a passagem do inverno para a primavera significava que uma nova vida ressurgiria após um frio intenso, onde os meios de sobreviver tornavam-se mais difíceis. Comemorar essa passagem significava receber com alegria uma etapa nova, onde a vida e os bens produzidos pela natureza ressurgiam com mais força e fertilidade, trazendo melhores condições de subsistência.
Em um segundo momento histórico, a palavra “páscoa” relaciona-se com a libertação dos hebreus da escravidão no Egito Antigo. Nesse sentido, passou-se a comemorar a passagem de uma vida difícil, marcada pela escravidão, para uma vida nova, marcada pela liberdade.
Mais tarde, com Jesus, a palavra páscoa não perde a conotação de “passagem”. Porém, agora, esta passagem está conectando morte e ressurreição. “Passagem da morte, para a vida eterna”.
Embora estejamos vivenciando diferentes formas de celebração da páscoa, especialmente devido à influência dos valores do Mercado, ela nunca perdeu o sentido de passagem em sua trajetória. Passagem de um período ruim, para um bom. De um homem velho para um novo homem.
Passamos rapidamente por mais de uma estação em nosso cotidiano. Perpassamos e alternamo-nos entre as estações da alegria, da tristeza, do otimismo, da amargura e da esperança em minutos! Que saibamos fazer a nossa páscoa interior, ou seja, a nossa passagem. Busquemos acreditar e vivenciar as estações melhores que sempre estão por vir em nossas vidas.
